quarta-feira, dezembro 30, 2009

Confissões de um post perigoso

Agora que o ano está prestes a terminar, e o tédio na clínica me impele para a reflexão barata, há meia dúzia de coisas que começo a concluir:

- Que se há tempo que me irrita é o tempo chuvoso. Outra coisa que me irrita é o vento. Vá lá, às vezes o granizo também se torna um pouco incómodo, principalmente quando bate na capota do carro e faz lembrar os tramboleiros da Junta. Mas a grande ideia mesmo é juntar tudo. Assim tipo feira da Vandoma. Compre um chovisco leve duas rajadas, com um bocado de sorte apanhe com um calhau frio na testa e diga que a culpa é do Socas, que ele há-de arranjar algum subsídio.

- Que as tardes da Júlia me fazem perder neurónios. Desde que o meu colega de trabalho começou a meter a tv na TVI à tarde, que frequentemente me esqueço de quem sou e dou por mim na sala de espera a imitar o Toy.

- Que pago um café à alma que me encontrar uma parte da carrinha da empresa (aka Genoveva) que não faça barulho e/ou meta água. Recentemente descobri que tenho um novo reservatório por baixo do tablier, que enche nos dias de chuva, e que possivelmente num modelo mais moderno terá ligação directa ao radiador, num claro esforço para aproveitamento hídrico, que mais não será, quiçá, do que uma resposta ao falhanço das negociações de Copenhaga.

- Que se o Pinto da Costa diz que não há petróleo no Porto eu acredito, e vou já cancelar a prospecção que tinha planeada para os Aliados e transferi-la para a cabeça do Jorge Jesus (esta confesso que foi o meu amigo Rui que pediu :p)

- Que, e desculpem-me vocês os 4 ou 5 que se enganaram na página e fazem parte do lote, me começam a irritar solenemente os indivíduos que gostam de marcar pela diferença e decidem não festejar a passagem de ano, ora ai e tal porque é um dia como os outros, ora ai e tal porque há gente bêbada na estrada, ai e tal porque eu é que sou fixe e só saio quando não é reveillon. O que me deixa a indagar de mim para comigo, principalmente depois das tardes da Júlia, se um raio de uma sexta à noite de um mês vulgar não é um dia como os outros, ou se cá na tugolândia em qualquer dia do ano não há gente com álcool nas estradas, ou até mesmo, será que o Cristiano Ronaldo se lesionou por causa do bruxo Pepe, e é então que páro, porque já é confusão para a minha cabeça.

Cuidem-se, gente boa, e boas entradas em 2010, de preferência em grande estilo. Ou outro qualquer.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Até breve

Tenho saudades de muitas coisas, mas escrever é certamente a mais premente. Vai daí que uma retrospectiva viesse mesmo a calhar, ainda por cima quando tantas voltas isto deu...Sinal dos tempos, ou da falta dele :p

Até breve

terça-feira, julho 14, 2009

O regresso do conselheiro cinematográfico, parte IV




Ide lá ver que é fixolas :)

PS.: foi só para actualizar esta coisa que a coisa tem andado um bocado triste...sinais dos tempos, né...não há tempo livre para os pequenos deleites da escrita e divagações inerentes, com tudo o que de bom ou mau daí advém...

terça-feira, janeiro 27, 2009

Deolinda @casa da musica



Cada música uma estória. Daquelas que dá mesmo gosto ouvir.

Absolutamente recomendável.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

The meaning of life

O sentido da vida é algo de infinitamente complexo. Tão complexo que às vezes nos leva a fruir de pensamentos estranhamente abstractos, completamente alheados da realidade em redor.

Fazemos uma pausa e planamos levemente sobre o escorrer dos tempos passados, com aquela dose de melancolia necessária para nos recordar as emoções, e pensamos no que valeu a pena, no que não valeu, nos erros ou nas decisões acertadas, em tudo aquilo que no fundo, constituiu o nosso ser.

E depois, se recordados em almas próximas, acerca do confronto com a morte, tudo parece estranhamente amorfo, leve, ridiculamente pequeno perante tão poderoso afrontamento. E interrogámo-nos sobre o que realmente vale a pena.

Existem inúmeras visões filosóficas da vida. Eu prefiro a versão do orgulho. Nada de mal entendidos. Devemos chegar ao fim e orgulharmo-nos de quem somos, de quem fomos, dos locais onde estivemos, das pessoas que conhecemos, das imagens que vimos, das acções que realizamos, de tudo aquilo que a vida nos permitiu ser e sentir. E isso, por muito que nos custe a admitir, contrói-se todos os dias.

"I hope you see things that startle you. I hope you feel things you never felt before. I hope you meet people with a different point of view. I hope you live a life you're proud of. If you find that you're not, I hope you have the strength to start all over again."

Benjamin Button, in "The Curious Case of Benjamin Button" (2009)