Uma boa paisagem é como uma janela para o nosso interior. Revela aquilo que somos e o que fomos, que queremos e o que conseguimos. Antecipa o futuro e faz recordar o passado. Congela o momento. Aquele momento que devia durar para todo o sempre, o momento em a história pára, os sons, as imagens, os odores se tornam únicos, inolvidáveis… Não desejava que fossem apenas momentos, mas perderiam irremediavelmente toda a sua magia se não fossem assim, tão tristemente efémeros. A fugacidade parece ser a estranha e masoquista condição para que sejam paradoxalmente duradouros, mas apenas na mente. Porque aí se tornam eternos, incomparáveis…esculpidos por hábeis artífices, prontos para ser delicadamente deixados na maior prateleira da nossa memória, brilhando perante toda uma série de recordações…
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