quinta-feira, novembro 04, 2010

(...)

Há dias em que pensamos que pura e simplesmente estamos fartos.
Hoje é um deles.

segunda-feira, novembro 01, 2010

quarta-feira, outubro 27, 2010

Reflexão de pé de chinelo

Um subconsciente cansado é capaz do mais curioso dos pensamentos. De repente ontem acordei a pensar como criar uma matriz dinâmica, carregada de camiões e distâncias em kms. Nada que me surpreenda, no fundo, quando a alternativa para ocupar a mente se baseia em hipocrisias, frustrações ou simples incompreensões. Não consigo evitar questionar-me se isto será sempre assim, um carrocel de emoções, uma atracção pela tristeza só porque a felicidade, por vezes, parece demasiado fugaz para se conseguir viver.

E esta reflexão terá que ser sempre assim, também, plena em subjectividade. Qualquer carácter objectivo, nos dias que correm, seria sempre um suicídio.

terça-feira, outubro 05, 2010

O belo anúncio da IKEA

Wow...belo anúncio...

domingo, outubro 03, 2010

Não esperaria mais das nuvens se as espremesse

Hoje acordou o Inverno. E a melancolia que o acompanha. Não deixa de haver uma pequena parte das nossas vísceras mais recônditas que o desejasse há tempo largo (não haviam saudades da camita ao som dos pingos?). Enquanto a chuva bate na vidraça e as árvores teimam em dançar o tango, entretenho-me com estas coisas do c++ e os seus erros irritáveis e ouço os Clinic, que me apraz descobrir. Mais para logo há-de haver música dos eighties para nos abanarmos incessantemente. Isso e meia dúzia de coisas para aclarar o ego e acalmar o dito stress do dia-a-dia, aquele que teima em receitar xanax para essa gente que anda por aí. Cada vez mais doida, ora por causa da austeridade, da crise ou simplesmente do graveto que já não chega para pagar a mensalidade do ginásio.

Continuo a recusar endoidecer. Ou deprimir. Se não se importam.

sábado, setembro 11, 2010

O caminheiro

Há umas semanas conhecemos um caminheiro que vinha de Santiago de Compostela e que desenhava a lápis de cor as suas memórias, num pequenino bloco de notas. Entrou no café junto à praia, onde líamos tranquilamente o jornal abrigados da chuva de fora de época, e compôs tranquilamente a indumentária, fustigada pela pequena intempérie. Na ponta do lápis surgia depois, por entre a meia de leite, o rascunho do quadro pendurado na parede da frente. O cabelo grisalho e os olhos bem azuis, a mentalidade de quem fazia de um trilho o cumprir de um sonho anteviam tudo menos que falasse português. Mas não, enganárano-nos. Era bem "tuga", com nome de navegador. E dono de um caminho magnífico, repleto de histórias e desenhos, memórias que dificilmente o tempo apagará e que servirão de inspiração aos netos. Ficámos ali deliciados, embasbacados, com um sorriso indisfarçável. Talvez um dia compremos um livro, carregado de fotos e de desenhos e de uma coragem notável. E ao lembrar o autor o reconheçamos. Vasco da Gama.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Hoje vi um sr a encher garrafões de água numa boca de incêndio

Saliente-se o meu regresso às postagens com o tema "hoje vi um sr a encher garrafões de água numa boca de incêndio". "E com a mulher a ajudar". Isto na terreola onde as pessoas vêm passadeiras imaginárias em cada metro da estrada, invadindo o alcatrão como se não houvesse amanhã. Não fosse o assunto sério e palavra que gozava com ele. A sério.

quinta-feira, agosto 05, 2010

Acerca de "Inception"



"An at-times dizzying Mobius strip of a sci-fi thriller, it's both a tremendously challenging and tremendously rewarding movie, the type that will have audiences talking -- and debating -- long after the credits roll."

por Mike Scott, na Times-Picayune.

Meu Deus, o que eu espero deste filme...

terça-feira, julho 27, 2010

(my) Angel Song









I guess I was trying to keep me alive
But once I was dead there was nothing to do beside
Picking me up and lying me down
Waiting for some angel
To wake me and say to me
"Hello. Don't be scared.
I want you to know,
you're not dead."


you'll always be my angel ;)***

quarta-feira, maio 26, 2010

domingo, maio 09, 2010

Deolinda: Ela passou por mim e sorriu...

Ela passou por mim e sorriu,
e a chuva parou de cair,
o meu bairro feio torna-se perfeito,
e um monte de entulho jardim.

O charco inquinado voltou a ser lago,
e o peixe ao contrário virou.
Do esgoto empestado saiu perfumando,
um rio de nenúfares em flor.

Sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.

Sei que a chuva grossa que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar por favor!

No metro enlatado os corpos apertados,
suspiram o ver-me entrar.
Sem pressas que há tempo,
'tá gasto o momento,
e tudo mais pode esperar.

O puto do cão com seu acordeão,
põe toda a gente a dançar,
e baila o ladrão,
com o polícia p'la mão,
esvoaçam confetis no ar!

Sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.

Sei que a chuva grossa que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar por favor!

Há portas abertas e ruas cobertas,
e enfeites de festas sem fim,
e por todo o lado é ouvido e dançado,
o fado é cantado a rir.

E aqueles que vejo que abraço que beijo,
falam já meio a sonhar,
se o mundo deu nisto e bastou um sorriso,
o que será se ele me falar.

Sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.

Sei que a chuva grossa que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar por favor!

Sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.

Sei que a chuva grossa que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar por favor!

quarta-feira, abril 07, 2010

Mentalidades

Há dias em que cansa lutar contra mentalidades.

Antiquadas. Limitadas. Cegas. Ou simplesmente ignorantes. Talvez distraídas.

É por estas alturas que abrimos a caixinha dos sonhos, embrulhados em cetim, e perguntamos a nós próprios o que terá corrido mal. A inadaptação perante a realidade que nos circunda, ou em instância mais ambiciosa, a falta de oportunidade para a fiel demonstração das nossas capacidades?
Entretanto o dia passa e a rotina abraça-nos naquele rom rom que embala. Distanciamo-nos o suficiente para olhar para as coisas com naturalidade e afagar o ego, que amanhã há-de aparecer alguma coisa boa.

Afinal é sempre assim.