domingo, maio 28, 2006

Palma de Sta Rita...



Agora que este espaço de "escarrapachanço" da alma celebra o seu primeiro ano, torna-se engraçado olhar para trás no tempo e perceber como as coisas mudam, como o estado de espírito se altera, como a alma se engrandece e nos torna mais próximos um bocadinho daquilo que um dia imagináramos atingir…

E perceber que não se pode perder sempre…
Que os verdadeiros amigos estão lá para as ocasiões…
Que são as pequenas coisas que valem sempre a pena…

E perceber que há pessoas especiais…
...que nos tornam pessoas melhores

E perceber que há um bom motivo para sorrir ao acordar…
Perceber que há gestos que significarão sempre muito mais que o resultado
...Mas todo um mundo azul iluminado pela lua
...Que gira a cada passo teu…

E assim…

É oportuno relembrar uma flor…

E oportuno relembrar uma frase que continua a fazer todo o sentido…

“Uma flor pode não significar nada, uma palavra não significar muito, mas um gesto pode significar todo um mundo, e um sentimento…o Universo…”

Astolfo 06'

Happy Birthday...

Caros amigos blogosféricos, e todos aqueles que se enganaram na página, assinala-se hoje com todo o propósito o primeiro aniversário do Lugar do Corgo. Sim, o blog, que a morada já cá está há alguns anitos (desculpem a piada fácil, está calor e não me apetece pensar muito). Isto seria por si só motivo para mais um post. Mas não. É também o celebrar de um bom hábito, o de escarrapachar para aqui o que vai na alma, comentar ou ser comentado, mas acima de tudo perceber que há por aí bons amigos...e muito mais que simples blogosféricos. Ah, e claro, significa também...que há iniciativas que vale a pena copiar...Obrigado.

quinta-feira, maio 25, 2006

Da Vinci Code, the movie


Com a devida autorização da respeitosa redacção do "Nós e o Mundo" (ou não), aqui fica a crónica do mais recente blockbuster do cinema mundial, o Código da Vinci...

Adaptação do "best-seller" de Dan Brown (40 milhões de livros vendidos!), totalmente envolto em mistério - só foi visto pela primeira vez no Festival de Cannes, na véspera da estreia mundial -, "O Código da Vinci" já começou a incendiar multidões e a polémica está instalada.

O famoso simbologista Robert Langdon (Tom Hanks) está em Paris para fazer uma palestra quando é chamado ao museu do Louvre onde o curador foi assassinado, deixando junto de si um misterioso rasto de símbolos e pistas.
Colocando em risco a sua própria sobrevivência, Langdon, ajudado pela criptologista da polícia francesa Sophie Neveu (Audrey Tautou), põe a descoberto uma série de pistas inscritas nas obras de Leonardo Da Vinci, que o pintor engenhosamente disfarçou e que conduzem à descoberta de um mistério religioso, protegido por uma sociedade secreta durante mais de dois mil anos, mistério esse que abalará os pilares do Cristianismo.

Construída sobre esta linha, a narrativa desdobra-se entre a acção das aventuras de Langdon e Neveu e as teorias históricas acerca de temas como os Cavaleiros da Ordem dos Templários, o Santo Graal, o Priorado do Sião, a Opus Dei ou a suposta relação de Cristo com Maria Madalena, que tanto interesse e polémica causaram nos últimos anos.
A linguagem “cinematográfica” com que havia sido escrita a obra, fazia já adivinhar o aparecimento de um filme com orçamento milionário, e a Sony Pictures não fez por menos, contratando os serviços do oscarizado realizador Ron Howard (“Mente Brilhante”, “Apollo 13”), bem como do conceituado Tom Hanks (“Terminal”, “O Náufrago”) para protagonista, a par de Audrey Tautou (“O Fabuloso destino de Amélie”) ou Jean Reno (“Godzilla”, “Os Anjos do Apocalipse”), ambos certezas do cinema francês.

A complexidade da narrativa deixa a ideia de seria muito difícil, senão impossível, transpor todo o conteúdo do romance para duas horas e meia de película, mas mesmo assim, o filme deixa-nos boas sequências de acção e momentos interessantes. No entanto, a crítica não recebeu com grande entusiasmo a falta de criatividade de Howard, apelidando a adaptação de neutra e académica, e as personagens de corpos e presenças que só servem para desbobinar a intriga. Sobra-nos a sobriedade de Hanks e confirmação do talento de Tautou, bem como de Paul Bettany, o secundário que interpreta o monge albino Silas, porventura a personagem mais desconcertante do filme.
Convém realçar que eu fiz parte das 40 milhões de almas que contribuiu para engordar mais um pouco a humilde conta bancária de Dan Brown. Fica-me por isso a ideia geral de que o filme, apesar de jeitosinho e de alguns momentos de bom nível, fica muito a dever ao livro. Seria pois então interessante para mim ouvir a opinião de alguém que tivesse hibernado nos últimos anos a ponto de ter conseguido escapar à febre "davinciana" (ou isso ou que tivesse mais que fazer), mas que por agora se tivesse deixado levar pelo entusiasmo e compenetrado numa qualquer sala de cinema para ver Hanks e companhia.
Perdoem-me agora pela momentânea loucura cinéfila, mas tenho de fazer isto...
Classificação: 6 ****** (numa escala de 0 a 10)
Desculpem lá, sempre sonhei fazer isto. A seguir é na Premiere :P

sábado, maio 20, 2006

Moon angel...


Sentou-se e deleitou-se ao som da voz de Anna Nalick. Havia serenidade… Haviam pessoas deambulando em seus pesarosos passeios de início de tarde. Havia paz… Longe os tumultos da noite passada, longe o desespero da menina epiléptica, a surdez do simpático velhinho da camisola azul escura, a arrogância do oftalmologista, longe a espera de horas e horas e uma paciência levada ao limite. Havia agora sim este mundo, esta pessoa, este destino, esta lua… Tudo o resto é nada…

Havia uma magia espalhada pelo teu sorriso de menina, uma aura de harmonia ditada pelas notas da tua música, uma forma de viajar só ao alcance dos céus onde habitas…porque sim…

Reconheço um anjo não pelas asas que ostenta, mas sim pela forma como consegue voar…

segunda-feira, maio 08, 2006

As fitas...

Houve um dia alguém que eu vi encontrar umas fitas perdidas de um universo qualquer que não o seu, de outro alguém disperso algures na multidão de negro. Houve um alguém que não descansou enquanto as fitas não encontravam o seu pequeno universo, mesmo que estivesse longe, mesmo que fosse quase impossível de encontrar, mesmo que o assunto para qualquer outra alma (menor) fosse insignificante. Houve um alguém que não se esqueceu de procurar esse universo, que no fundo era também o seu próprio universo, porque tinha uma alma tão grande, que abraçava este universo e o outro, e o outro, e todos os demais…que enquanto todos os caminhos não estivessem certos, em qualquer universo, não conseguia estar feliz, porque nesse universo haveria alguém infeliz…

Parabéns. Porque são estas pequenas coisas que nos tornam especiais :)

Ser poeta...

Ora andava cá eu atarefado com não sei quê quando deparo de frente com esta pequena preciosidade, o bonito poema dos tempos do 8.º ano, dos tempos em que a vida era mais simples, dos tempos dos quadros de mérito, dos tempos em que a poesia surgia insegura por entre os TPC e os Dragon Ball… Deliciem-se. Ou satirizem, gozem, plagiem, mas estejam à vontade.


Ser poeta é…
Ser diferente.
É sonhar sem fronteiras,
Saltar muros de imaginação,
Atravessar mundos sem gente.

Ser poeta é…
Passar além do imaginário,
Como se o real não existisse.
É carregar emoção em cada palavra,
Soltar lágrimas quando conversa
Como se de outro mundo viesse.

Ser poeta, essencialmente,
É ser humano,
Porque todo o humano é poético.
É ser veemente
Para com todas as palavras que existem
Sem erros, pontuação ou ortografia,
Pois tudo isso não existe
No mundo fantástico da poesia…