domingo, janeiro 28, 2007

O mundo da lua












Abrir os olhos...
Ver-te...
Reter-te...

Ao teu olhar, a tua aura...
O teu jeitinho de anjo...

Contemplar a lua (ou o paraíso...)
Todo um mundo no teu sorriso :) )

terça-feira, janeiro 16, 2007

Prison Break

Permitam-me falar um pouco sobre esta série. Para os que me aturam no dia-a-dia as minhas desculpas, já que não tenho calado a matraca nos últimos tempos acerca disto. Mas é que se trata mesmo de excelente televisão.

Para quem ainda não está a par (ainda bem que a RTP se dignou em comprar os direitos, se bem que sem a merecida publicidade, que por exemplo Anatomia de Grey, outra boa série, mas sem metade das virtudes desta, usufruiu aquando da sua estreia), a história de Prison Break gira em torno de Michael Scofield, o inteligente e reservado engenheiro civil que vendo o seu irmão mais velho injustamente condenado à morte, se atira propositadamente para dentro da prisão de Fox River, com um plano genial de fuga que visa a salvação de Lincoln.

Tudo o que mais rodeia o fio condutor da acção são efeitos colaterais, que vão desde as peripécias de cada um dos protagonistas da evasão, até ao mais alto patamar das teorias conspirativas, uma vez que, tal como afirma Scofield, "getting out is just the beginning..."

De resto podemos observar a receita que tem acompanhado as mais recentes séries de sucesso, como 24 ou Lost: múltiplos planos de acção, suspense a rodos, intrigas cuja resolução obriga a um esforço extra por parte dos nossos neurónios. O segredo de Prison Break, no entanto, na minha opinião, reside não só na sua excelente capacidade de gestão desses planos, com equilíbrio e coerência, mas também no grau de coolidade (perdoem-me o neologismo) do protagonista, por quem é impossível não sentir algum grau de simpatia. A sequência da história é muito bem dirigida, os actores têm qualidade e não parecem haver pontas soltas. Para além disso, um pormenor curioso: corre tudo mal aos homens, camandro! Quando se espera que alguém simpatize com as almas de modo a facilitar-lhes a vida, que alguém se "esqueça" daquele objecto, tenha aquela acção "conveniente" (coisa que é usual vermos noutras séries ou filmes do género), acontece precisamente o contrário, o que por si só é mais um motivo para não conseguirmos tirar os olhos da tv.

Simplesmente magnífico, viciante... Se por momentos esquecermos a eternidade dos Simpsons e a classe de Os Sopranos, arrisco a dizer que é a melhor série que vi até hoje. Por isso fica a dica… Altamente recomendada!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Só duas ou três coisinhas...

Coisinha nro. 1. Poucas vezes tiro fotos tipo passe. Raramente tiro fotos tipo passe. Aliás, só quando obrigado e atiçado por uma matilha de canídeos esfomeados é que tiro fotos tipo passe. Mas como tendo a promover a qualidade, tenho por hábito frequentar sempre o mesmo fotógrafo. Há um glamour incontornável naquele laboratório. A começar pelo próprio fotógrafo, de cabelo branco, idade respeitável, sempre com aquele sorriso sincero, a pose austera, de mãos atrás das costas e amabilidade incontida, aquela simpatia que faz brilhar os olhos de cada vez que a campainha toca. Umas escadinhas no vão, o corredor estreitado pelos vasos… Um gato molengão, daqueles a quem a vida deu mais sorte do que a própria sorte lhe poderia contar, miar mimado, passo que se arrasta… As fotos, claro, essas de mil sorrisos, caras bonitas, o Sameiro iluminado…parei nas máquinas antigas, tiradas de filme dos anos 20. Depois a postura. Ao milímetro. O pequeno banco, cruzar a perna, esperar pelo flash, a cara feliz. E já está. A preocupação genuína pela dignidade da foto, coisa já rara de se ver… Ao sair rever bem a dita, que pode alguma coisa estar mal… Tenho direito a poster. Tenho direito a por momentos saborear o encanto de um pequeno mundo. Com a promessa que voltarei…obrigado.

Coisinha nro. 2. Há jogadores que definem o significado da palavra classe. Que têm requinte, postura, personalidade com uma bola nos pés, provando aos seguidores da coisa que ainda é possível ver arte no desporto. Rui Costa é um deles. Fico feliz pelo seu regresso. E sou portista.


Coisinha nro. 3. Encontro amigo antigo e ponho a conversa em dia. Segundo ele, pessoa recta e realista, a grande vantagem dos Estados Unidos acaba por ser a sua suprema variedade. De pessoas, locais, culturas, etnias, bancos de autocarro ou simplesmente coisas. E de respeito. O que desde logo, abrindo espaço para debater um sem número de situações, faz pressupor algo muito simples. Construir o nosso próprio estilo, a nossa própria vida, a nossa própria cena sem que ninguém nos incomode por isso. E com o bónus de haver quem goste disso. Há quem sequer não saiba que isso é possível, há quem passe toda uma vida ignorando que podia ser mais feliz. Estranho. Não seria esse o objectivo que nos traz por cá?


Coisinha nro. 4. De cada vez que venho para o pc deparo-me com uma bola de chocolate estrategicamente situada de forma a me poder torturar todos os dias. Estranho dilema este… Devorar ou não devorar? Manter a obra, de regalo indiscutível, ou simplesmente adoçar a mente com o petisco, saboreando-o a cada trago? Apesar das inegáveis vantagens da segunda via, prefiro deleitar-me com as inevitabilidades da primeira. De cada vez que vislumbro o esférico, bem perto do botão do “Iniciar”, lembro-me que ainda há pessoas genuinamente belas neste mundo, capazes de o apreciar com a pureza imprópria da sociedade actual . Sim, tenho sorte.

terça-feira, janeiro 02, 2007

A lua...


Só queria escrever algo que ousasse alcançar, por momentos que fossem, o estatuto da tua beleza...

Mas não creio que o consiga. O céu fica demasiado longe... e as palavras que me ocupam são vagas, gotas num oceano que só pode ser de felicidade...

Importa o sentimento... e a lua ;)

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Ano novo...

A cada lágrima que me assalta o brilho do sol e o manto da noite. Pensei em alternativas, mas em vão. Tento a fugaz via da evasão que sei ser ineficaz. Não sei que mais fazer senão vergar-me ao desenrolar das coisas, porque o destino quer que assim seja e eu não tenho força para o enfrentar. Prefiro agarrar no cobertor e anichar-me num canto escuro, longe da acção do mundo, afinal o único local onde poderei ter paz. Não, não é um exagero, mas sim o simples caminho que me resta tendo em conta o momento. Porque viver do momento tem este preço. Tanto subir aos píncaros como viver refém das suas opções. Porque as coisas às vezes não têm de fazer sentido. Porque não devia haver lugar para mentalizar. Ou tal como dizia Proust: “Em amor é um erro falar-se de uma má escolha, uma vez que, havendo escolha, ela tem de ser sempre má.”
PS.: O balanço de 2006 fica para uma próxima oportunidade. O que só pode ter um significado. Que as coisas, em matéria de alma, pois claro, até correram bem, pois senão já tinha tinha dissertado sobre o assunto, isso com toda a certeza.