segunda-feira, janeiro 01, 2007

Ano novo...

A cada lágrima que me assalta o brilho do sol e o manto da noite. Pensei em alternativas, mas em vão. Tento a fugaz via da evasão que sei ser ineficaz. Não sei que mais fazer senão vergar-me ao desenrolar das coisas, porque o destino quer que assim seja e eu não tenho força para o enfrentar. Prefiro agarrar no cobertor e anichar-me num canto escuro, longe da acção do mundo, afinal o único local onde poderei ter paz. Não, não é um exagero, mas sim o simples caminho que me resta tendo em conta o momento. Porque viver do momento tem este preço. Tanto subir aos píncaros como viver refém das suas opções. Porque as coisas às vezes não têm de fazer sentido. Porque não devia haver lugar para mentalizar. Ou tal como dizia Proust: “Em amor é um erro falar-se de uma má escolha, uma vez que, havendo escolha, ela tem de ser sempre má.”
PS.: O balanço de 2006 fica para uma próxima oportunidade. O que só pode ter um significado. Que as coisas, em matéria de alma, pois claro, até correram bem, pois senão já tinha tinha dissertado sobre o assunto, isso com toda a certeza.

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