sábado, maio 28, 2005

Dicionário parte I

E já agora, porque não, a estreia da rubrica “O Dicionário”. Aqui vão as duas primeiras palavras:
Banalidade – a maior parte das cenas do filme da vida humana gira à volta de banalidades. É incontornável. Para mim, mais do que isso, é enjoativo. Soa-me a incómodo atraso em tempo de constante evolução. A utilidade das banalidades fica-se pela sua inegável capacidade de conseguir valorizar tudo o que é diferente.
Química – para mim, o significado da química vai muito além daquilo que me habituei a ver nas tabelas periódicas ou nos rótulos dos pacotes de detergente. Pensar que tudo o que se passa no nosso cérebro deriva de meras transmissões de químicos entre neurónios – com as suas consequências em atitudes, comportamentos, sentimentos – é, no mínimo, assustador. Ou será que alguém mantém o seu sorriso de felicidade ao saber que este apenas está dependente de uns nanogramas de neurotransmissor?

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