sábado, maio 28, 2005

Lição n.º 1

Bem, vamos lá então começar a descobrir um bocadinho do sr. astolfo. Lição n.º 1:

Debruço-me constantemente sobre a análise do filosófico, do sentido da vida, da introspecção construtiva. Faço-o por gosto, mas acima de tudo por necessidade. Porquê? Porque simplesmente não tolero a banalidade. E necessito de escapar ao seu domínio. As conversas à mesa sobre o isto ou o aquilo, tão calorosamente abordadas como se de obras de arte se tratassem, cansam a minha paciência em escassos segundos. No entanto, são socialmente aceites e estimadas, mesmo preciosas, no contexto de um processo de são convívio entre as gentes. Daí pensar que esteja a ficar cada vez menos sociável. Menos afoito nos olás, solto nas conversas de circunstância, facilmente “cansado” das pessoas que me vão rodeando no quotidiano. Procurando cultura e sabedoria em todos os passos, como se esse fosse o único caminho passível de ser percorrido na busca pela felicidade.
Salto ora por ora ao domínio do comum por entre divagações “futebolísticas” ou “automobilísticas”. Mas até aí as coisas teimam em não se contentar com o nível do mais básico. Uma simples finta pode ser muito mais do que aquilo que parece. Estarei a tentar alcançar graus de superior inteligência? Sinceramente, não me parece. O processo é interessante, mas nem por isso é capaz de curar inseguranças ou faltas de motivação. Pelo contrário, afasta-me cada vez mais do mundo em que paradoxalmente procuro me inserir. Afinal, para que servirá a cultura ao serviço da inteligência no seu estado puro, se no fundo o que realmente interessa está ao nível da sua “prima” mais rasca, a inteligência emocional?

Sem comentários: