O Lugar do Corgo podia ser mais um de tantos blogs...e é. Ou se calhar não, é pior. Sei lá, pode ser o que quiserem, who cares??
sexta-feira, março 30, 2007
Uma questão de equilibre
http://www.youtube.com/watch?v=ABgcgLURgwA&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Enaoestafacil%2Ecom%2Findex%2Ephp%2F2007%2F03%2F
quarta-feira, março 14, 2007
Para quem me quiser voltar a aturar a falar sobre cinema...

De resto, um filme interessante, de digestão fácil e momentos de fina comédia, contando com um argumento sólido e aquela mestria que só este senhor nos pode trazer.

Em "Children of Men", por outro lado, ressalvei o trabalho de câmara e a fotografia daquela Londres futurista, negra e profundamente desesperante face aos sentimentos que despertam na humanidade em 2027. Alfonso Cuaron, o realizador, foi curiosamente o produtor de "El Labirinto del Fauno", e pertence à recente armada mexicana que invadiu a edição deste ano dos Óscares. Neste contexto, a Academia também nomeou esta fita para três categorias, fotografia, edição e argumento adaptado. Há história, há reflexão, um Michael Caine em bom estilo e um Clive Owen convincente. Ao contrário do desenlace, infelizmente... De qualquer forma, temos qualidade e pelo menos duas soberbas cenas de acção que vale a pena reter...
terça-feira, março 06, 2007
SNS parte II

“- Hospital!” (mas que bela maneira de atender...)
“- Estou sim, bom dia, estou a ligar por causa da minha avó, ela fez uma gastrostomia há cerca de 2 meses aí no hospital e agora parece ter havido uma complicação, gostaria de saber se é possível falar com o médico que a acompanhou…”
(interrupção brusca)
“- Só um momento, vou passá-lo para alguém das urgências…”
(ouve-se música irritante)
“- Estou sim, serviço de urgência.”
“- Bom dia, é o seguinte, a minha avó teve um problema com a gastrostomia que realizou há pouco tempo, eu gostaria de falar com o gastroenterologista…”
(nova interrupção, esta menos brusca um bocado…)
“- Peço imensa desculpa, a minha colega enganou-se a transferir a chamada, vou passá-lo para o serviço indicado…”
(música irritante)
(após uns bons minutos de espera – eu sei, sou um gajo paciente – ouve-se nitidamente o som de quem levanta o telefone para imediatamente o desligar outra vez)
(mais alguns segundos…)
“- Sim?” (voz familiar)
“- Estou sim, eu gostaria de falar com o gastro…”
(3ª vez que me interrompem)
“- Eu não acredito, peço imensa desculpa, voltaram a transferi-lo para as urgências, só um momento”
(música irritante, paciência a esgotar-se…)
(um minuto depois, finalmente, alguém atende…)
(ruído de fundo…)
“Oh Aaana!....Sim?”
“- Sim, bom dia, eu gostaria de falar com o gastroenterologista que está a seguir a minha avó, houve uma complica…”
“- Como se chama o médico?”
“- Dr. J., não me recordo do sobrenome.”
“- Só um momento…”
(mais alguns segundos daquela fantástica música)
“- Exames especiais, bom dia…”
“- Estou sim, eu gostaria de falar com o gastroenterologista da minha avó, o dr. J.”
“- Dr. quem?”
“- Dr. J.”
“ - Ele não está”
“ - Não está?!”
“- Não, nem hoje nem amanhã…”
(vontade de espancar alguém)
“- Hmm…ok, muito obrigado…”
(fim da chamada)
E já nem falo da linha azul do hospital, essa nem sequer funcionava. Passo a transcrever o que vem na folha de instruções fornecida à família após a cirurgia a que a minha avó foi sujeita: “em caso de complicação contactar imediatamente o médico”. I rest my case…
segunda-feira, março 05, 2007
Il labirinto del fauno
sexta-feira, março 02, 2007
Divagações cinematográficas...


Convenhamos, Clint Eastwood não podia ganhar mais um Óscar, já que tem essa pequena mania de tudo o


Quanto ao vencedor, bem, consagra finalmente a mestria de um dos melhores realizadores de Hollywood, que provavelmente já mereceria este prémio por realizações anteriores. Em “The Departed”, contudo, há uma intriga fantástica e que permite obter o máximo rendimento de excelentes actores. Não muito mais que isto, sim, mas de extrema qualidade. Nicholson é sublime. Aliás, quanto a mim, uma das grandes injustiças da Academia foi não o ter incluído no lote dos nomeados, bem como a “Blood Diamond”, um filme que consegue realmente arrebatar (a cena do reencontro de Solomon com a família no campo de refugiados é uma pérola, para além da que dá origem à intriga), contando com excelentes interpretações de Djimon Hounsou e de um Di Caprio cada vez mais maduro (como já havia acontecido no filme de Scorcese, começo a render-me…). De resto, da cerimónia em si, o que se esperava, tudo bem repartidinho, sem grandes ondas, com apresentadora a condizer, engraçada mas com moderação, não vá haver depois azia para aqueles lados (volta Jon Stewart, estás perdoado…). A reter a fantástica entrada em cena de Jack Black, Will Ferrell e John C. Reilly. Para o ano há mais.